Os portugueses estabeleceram-se ilegal e provisoriamente em Macau entre 1553 e 1554, sob o pretexto de secar a sua carga. Em 1557, as autoridades chinesas deram finalmente autorização para os portugueses se estabelecerem permanentemente em Macau, concedendo-lhes um considerável grau de autogovernação.
Em troca, os portugueses foram obrigados a pagar aluguer anual (cerca de 500 taéis de prata) e certos impostos a estas autoridades, que defendiam que Macau continuava a ser parte integrante do Império Chinês.
As autoridades chinesas, desde sempre portadoras de algum medo e desprezo pelos estrangeiros, passaram a supervisionar atentamente os portugueses de Macau e a exercer, até meados do século XIX, uma grande influência na administração deste estabelecimento comercial.
Desde então, Macau desenvolveu-se como um entreposto e intermediário para o comércio triangular entre a China, o Japão e a Europa, numa época em que as autoridades da China proibiram o comércio directo com o Japão por mais de cem anos.
Este comércio lucrativo trouxe enorme prosperidade para Macau, tornando-a numa grande cidade comercial e ajudando-a a atingir o seu auge durante os finais do século XVI e os inícios do século XVII.