História

O projeto de transferir a capital federal para o interior do território brasileiro é antigo. Desde a independência, políticos como José Bonifácio propunham a mudança do centro político do país. Esse projeto foi retomado durante o período republicano, quando foram organizadas expedições ao Planalto Central. Com isso, pretendia-se abrir frentes de desenvolvimento e garantir a ocupação territorial brasileira. Juscelino Kubitschek, presidente do Brasil durante o final da década de 1950, retomou essa idéia e encarregou o urbanista Lúcio Costa e o arquiteto Oscar Niemeyer de projetar uma cidade que se tornaria a sede do governo federal. Brasília foi construída em quarenta meses, graças à força de trabalho de trinta mil operários. A nova capital foi inaugurada em 21 de abril de 1960, data comemorativa da morte de Tiradentes, recuperado como símbolo da nacionalidade pelos republicanos brasileiros. Com a instalação da burocracia federal, Brasília apresentou uma das mais altas taxas de crescimento demográfico do país. A sua população atual é superior a dois milhões de habitantes. Não sendo propriamente um estado, o Distrito Federal não é dividido em municípios, mas em regiões administrativas. Em 1961, criaram-se subprefeituras para administrar as cidades-satélites e as regiões de Brasília, mas foram substituídas em 1964, com o golpe militar, pelo modelo atual. O traçado de ruas de Brasília obedece ao plano piloto implantado pela empresa Novacap a partir de um anteprojeto do arquiteto Lucio Costa, escolhido através de concurso público. O arquiteto Oscar Niemeyer projetou os principais prédios públicos da cidade. Apesar de a cidade ter sido construída em tempo recorde, a transferência efetiva da infra-estrutura governamental só ocorreu durante os governos militares, já na década de 70. O principal desafio do Distrito Federal, no século XXI, é diminuir a concentração de renda. As péssimas condições de vida nas cidades-satélites contrastam com a riqueza da cidade de Brasília.