História do Pará

A colonização do Pará teve início apenas no século XVII, com a instalação do Forte do Presépio (1616). Mais tarde, o forte daria origem à cidade de Belém, capital do estado.
A cidade se tornaria sede da rica capitania do Grão-Pará, que desenvolveu um processo histórico de colonização próprio, diretamente vinculado à Coroa portuguesa, sem atender às determinações dos governadores-gerais.
Em 1755, logo após a assinatura do Tratado de Madri (1750), que redefiniu as fronteiras entre as colônias portuguesas e espanholas na América, Portugal fundou a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, com o objetivo de dinamizar e diversificar a economia regional.
Durante as lutas pela independência do Brasil, o Grão-Pará teve papel fundamental. Apesar disso, a província foi relegada a segundo plano durante o Império. Descontentes, os paraenses fizeram vários movimentos populares contra o poder central. O mais importante foi a Cabanagem (1835-1840), que declarou a autonomia da província do Pará e instituiu um governo revolucionário, duramente reprimido.
O extrativismo de látex na Amazônia fez renascer a economia paraense, no final do século XIX. O Pará passou a estabelecer comércio diretamente com os Estados Unidos e a Europa, e sua economia cresceu em ritmo acelerado, atraindo muitos imigrantes da região Nordeste.
O declínio das atividades extrativistas, porém, levou o estado a um novo processo de empobrecimento, minimizado apenas na segunda metade do século XX, com a interiorização do desenvolvimento, a criação da rodovia Belém–Brasília e a criação da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia). Por intermédio desse órgão, o governo federal pretendia construir estradas e usinas hidrelétricas na Amazônia, mas a corrupção desviou as verbas antes que pudessem render frutos positivos.