História da Bahia 

A Bahia se estabeleceu como principal centro político e econômico da Colônia desde os primeiros anos da presença portuguesa na América. Em 1549, o primeiro governador-geral, Tomé de Sousa, fundou a cidade de Salvador, que seria capital do Brasil até 1763. Nesse ano, a sede do governo foi transferida para o Rio de Janeiro.
Ao longo dos séculos XVI e XVII, a Bahia destacou-se como grande produtora de açúcar (o Engenho de Sergipe do Conde, pertencente aos jesuítas, chegou a ter mais de 300 escravos) e como principal centro de aporte de negros trazidos da África pelo tráfico.
Entre 1624 e 1625, os holandeses tomaram a cidade de Salvador, mas foram expulsos e se dirigiram para outras capitanias da região Nordeste. Os portugueses restabeleceram o seu poder e começaram a explorar ouro e diamante no interior da Bahia.
Ao longo do século XVIII, o declínio do preço do açúcar no mercado internacional e a descoberta de ouro em grandes quantidades, em Minas Gerais, deslocaram o centro econômico do Brasil para o Sudeste.
Aos poucos, o porto do Rio de Janeiro ultrapassou o de Salvador em importância. Não tardaria para que o poder político também fosse transferido para o Rio de Janeiro. Salvador, então a segunda maior cidade de todo o Império português (com cerca de 60 mil habitantes, atrás apenas de Lisboa), deixou de ser a capital da Colônia.
Com a capitania em decadência, a população começou a se revoltar contra a autoridade portuguesa. Eclodiu, assim, a Conjuração Baiana de 1798, inspirada nos ideais da Revolução Francesa.
No século XIX, o cultivo do café intensificou o deslocamento do centro econômico brasileiro para o Sudeste. O empobrecimento generalizado deixou a população baiana nas mãos das oligarquias tradicionais. Durante a República, tal situação provocou o surgimento de movimentos messiânicos de contestação social, como Canudos, em 1893. A revolta foi brutalmente sufocada em 1897 pelas tropas republicanas, que dizimaram a população do arraial após sucessivas tentativas frustradas de destruí-lo.